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domingo, 20 de dezembro de 2015

Primeira visita ao oncologista

Na última quinta-feira, acordei cedo, fiz exames de sangue, endoscopia e  voltei a Belo Horizonte para fazer a biopsia do nódulo da mama direita e me consultar com o oncologista.

A biopsia foi rápida e indolor, o médico me disse que, por algum motivo que só Deus sabe, até o momento eu estive fora dos trilhos, mas que agora as coisas irão caminhar da maneira correta.

Eu contei nas outras postagens que fazia exames regularmente desde 2010. Todavia, sempre viam o nódulo maior da mama esquerda, que é fibroadenoma, o carcinoma estava bem acima dele, era menor e nunca havia sido visualizado nas mamografias e ultrassons, por estar bem próximo ao mamilo. Assim, não temos como saber quando ele surgiu e por isso essa semana fiz vários exames de estadiamento.

O consultório do oncologista, Núcleo Hematológico e Oncológico, é bem próximo a Redimama (com i mesmo e tudo junto) onde faço as biopsias e deu pra ir a pé. O médico foi indicado pela minha mastologista, que é muito boa, e através da internet vi que o currículo do mesmo era bom, o que me deixou segura.

No início, achei o médico meio caladão, mas como eu tinha uma lista de perguntas a serem feitas, a conversa começou a fluir bem. Ele não teve nenhuma pressa em me atender, respondia a todas as perguntas com muitos detalhes. Uma delas foi sobre a utilização da touca hipotérmica para os cabelos não caírem. Ele respondeu que isso é mais marketing, uma vez que o sangue continua circulando com o remédio da quimío ao longo da semana e, se fosse o caso de barrar a circulação na cabeça, então também não estaríamos prevenindo uma metástase neste local. Assim, optei pela carequice.

A consulta durou 2 horas e meia e no final estávamos rindo e conversando sobre os episódios de Star Wars. Ele me disse que é só mulher mesmo para aguentar fazer endoscopia, pegar estrada para BH, fazer biópsia e depois ir se consultar como se nada estivesse acontecido,isso  "homem não aguenta não", disse ele.

Antes de ir embora, pedi  me levasse na sala onde é feita a quimioterapia. Ele, muito prestativo respondeu: "Vamos ao tur", e me levou no quinto andar do mesmo prédio. Não é dos locais mais alegres do mundo, mas é onde irei fazer minhas 16 sessões de quimioterapia, então é bom ir me acostumando...