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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Ressonância Magnética e Core-Biopsy

Sou daquelas pessoas que não pode ver uma palavrinha diferente que corre para o Google. Ressonância magnética já era uma palavrinha bastante conhecida porque fiz cirurgia da coluna em dezembro de 2014, e já estava acostumada a entrar na "nave espacial" para acompanhar  minha hérnia. Aliás, não só pela coluna, mas também por crises de enxaqueca que já me fizeram correr  para o neurologista inúmeras vezes pensando estar a beira da morte - sempre exagero no meu diagnóstico -, e por aqueles linfonodos no pescoço, que relatei na primeira postagem - lembram? -  eu já havia entrado algumas vezes na barulhenta e claustrofóbica cabine.

 Talvez por isso, me estranhou entrar lá dessa vez para analisar a minha mama. Vinha acompanhando meus nódulos desde 2010 e jamais haviam me pedido ressonância. Fiquei me perguntando: por que não haviam me pedido antes? E porque haviam me pedido agora?

Foi então que corri para o Google e joguei: "ressonância magnética das mamas". O Google me respondeu que esse realmente não é um exame muito usual para as mamas, sendo pedido somente em casos específicos, como o de suspeita de câncer.

Achei a médica uma fofa, muito cuidadosa e só. Afinal, já sabia que se tratava de fibroadenomas às 9 horas na mama direita, às 3 horas na mama esquerda e retro aureolar na mesma mama, como martelavam todos os resultados de exames a cada 6 meses, desde o ano de 2010.

Dias depois, peguei o resultado da ressonância, que agora acusavam linfonodomegalia de 4,0 cm, ao invés dos 2,3 cm encontrados na mamografia,  e segui para o laboratório onde estava marcada a core-biopsy. Como foi encaixe, sentei e esperei por vários minutos, até que o médico entrou pela porta de vidro apertando as mãos de todos que o aguardavam, tipo líder religioso entrando para uma celebração. Achei diferente e sorri para ele.

Minutos depois fui chamada. Fiz o procedimento, que doeu bem menos do que eu esperava, mas no final, uma coisa diferente aconteceu... Desde então, todas as vezes que fazia exames, os médicos davam aquele tradicional tapinha nas costas dizendo terem certeza de não ser nada. Desta vez, ao final, o médico segurou as minhas mãos e disse: "Simone, fizemos o que tínhamos que fazer e agora o resultado está nas mãos de Deus.  Queria te dizer que de qualquer forma tudo vai dar certo. Se o resultado for benigno vai dar certo e se não for vai dar certo também". Ora, mas se era para ser benigno por que seguraria as minhas mãos e falaria dessa forma? Pela primeira vez em cinco anos eu chorei, não de preocupação, mas pela surpresa, pelas palavras inesperadas. "Não fique assim não, vai dar tudo certo, você está nas mãos da melhor médica" disse ele confirmando minha suspeita.


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